Travassos e Freitas: a paixão pelos pares


Andaram juntos no liceu, frequentaram a mesma turma e fazem pares desde os 11/12 anos. Tudo começou nos habituais torneios de escola no Clube de Ténis do Estoril, ainda nas antigas instalações junto ao Casino, e nos últimos dias viveram memórias que hão-de perdurar até ao fim das suas vidas.

Estamos a falar de Paulo Travassos e João Freitas, que conquistaram para Portugal a medalha de prata na variante de pares (escalão + 55 anos) no Campeonato do Mundo de Veteranos, realizado pela Federação Portuguesa de Ténis.

A final foi no court central do Estádio Nacional e não faltou apoio à dupla portuguesa, que foi uma agradável surpresa, ultrapassando sucessivos obstáculos, acabando por ceder em dois sets, numa final em que acusaram um pouco a falta de experiência a este nível, bastante elevado.

Paulo Travassos e João Freitas deram muitas alegrias e fizeram história num Mundial, que nos vai deixar boas memórias pela excelente qualidade organizativa e, inegavelmente, isso acompanhou o percurso de sucesso dos nossos representantes.

Foi muito agradável sentir o pulso e até alguma vaidade de jogadores estrangeiros, completamente rendidos à qualidade dos serviços que lhes foram concedidos em duas semanas memoráveis. E não estamos apenas a falar do que se passou no recinto de jogo, mas igualmente em outras atividades que acompanharam o desenrolar do Mundial.

Por outro lado, foi interessante de seguir o desempenho de alguns jogadores com um nível de jogo muito elevado. Para eles, o Mundial é uma questão de honra e de compromisso também.

Para Paulo Travassos e João Freitas também fizeram questão de ter um compromisso. Quando souberam que a organização do Mundial foi atribuída a Portugal começaram os preparativos e cada um fez questão de ter o apoio de um nutricionista e de um preparador físico.

Houve brio, motivação e ambição. E aqui estamos também a falar da forte união que liga os dois tenistas portugueses, habituados a jogarem pares desde os 11/12 anos nas escolinhas do Clube de Ténis do Estoril, na altura dirigidas pelo mestre Geza Torok.

Tudo esse percurso foi agora revivido e trouxe à evidência um espírito de equipa notável, sem amuos, queixumes ou ressentimentos.

E, no final, as palavras de Travassos e Freitas em sinal de reconhecimento para o trabalho feito pela Federação Portuguesa de Ténis são genuínas. Foi toda esta conjugação de esforços, que nem sempre é devidamente reconhecida, que fortalece o caminho para perseguir novos desafios.

 

OS NOSSOS VICE-CAMPEÕES MUNDIAIS

 

PAULO TRAVASSOS

Nascimento: 8 de julho de 1963

Naturalidade: Lisboa

Altura e Peso: 1,82 m e 78 kg

Clube: Clube de Ténis do Estoril

Treinadores: Geza Torok e Fernando Lage

Ídolos nacionais: José Vilela e Luís Cruz

Ídolos estrangeiros: John McEnroe, Pete Sampras, Stefan Edberg e Roger Federer

 

JOÃO FREITAS

Nascimento: 20 de junho de 1963

Naturalidade: Lisboa

Altura e Peso: 1,83 m e 79 kg

Clube: Clube de Ténis do Estoril

Treinadores: Geza Torok e Olívio Silva

Ídolos nacionais: José Vilela e Sérgio Cruz

Ídolos estrangeiros: John McEnroe, Pete Sampras e Roger Federer

 

Norberto Santos, jornalista

 

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