Frederico Silva: quando o nº 13 é motivador
A temporada já vai algo longa, mas ainda não terminou para Frederico Silva e após a vitória no Tavira Tennis Open é indispensável não perder a embalagem e olhar para o futuro.
Uma coisa é certa: o pupilo de Pedro Felner vai encerrar 2019 com o seu melhor ranking de sempre, quando lhe forem contabilizados os 20 pontos alusivos à vitória frente ao francês Alexander Muller e subirá uns degraus relativamente à sua melhor posição na tabela ATP, quando a 16 de maio e 2016, ostentava o 231º lugar.
Degrau a degrau, o ainda jovem das Caldas da Rainha, de 24 anos, ainda está perfeitamente a tempo de sonhar com outros horizontes e a história diz-nos que parte desse caminho já está trilhado, o que pode facilitar um pouco os próximos passos que serão sempre mais exigentes.
Frederico Silva tem sido um exemplo de uma clara dedicação ao treino e à competição, com a cabeça no lugar, sem entrar em avaliações desmedidas. Sabe muito bem o caminho que percorreu desde que andou pelas primeiras páginas dos jornais desde júnior e as dificuldades que enfrentou com tantas e tantas persistentes lesões, que lhe causaram muitos dissabores. Contudo, teve sempre a acompanhá-lo a família, amigos e uma equipa técnica, para já não falar da Federação Portuguesa de Ténis quando era necessário dar-lhe um wild card em torneios de maior cotação.
A vitória em Tavira surge numa altura em que Frederico Silva está a jogar a um nível bem elevado e para quem como ele aprecia alguns dados estatísticos, aqui ficam duas notas curiosas:
1 – Averbou o 16º título da carreira em torneios ITF e foi o 10º alcançado em Portugal
2 – Para quem faz parte do ranking mundial há muitos anos vislumbra-se agora a possibilidade de ser o 13º jogador português a fazer parte do top 200 mundial para enriquecer o palmarés. Vamos a isso?
Norberto Santos, jornalista