Maia Open: valorizar a Taça Davis
A presença de João Domingues nas meias-finais do Maia Open pode ser observada como uma valorização da nossa equipa da Taça Davis, ao mesmo tempo que representa um desafio muito sério a outros jovens, que devidamente enquadrados podem seguir o exemplo deste jogador, que esta semana ascendeu ao 175º lugar no ranking ATP, subindo 17 lugares na lista mundial. Recorde-se que a sua melhor posição na lista ATP foi o 160 º posto, a 20 de maio de 2019.
A valorização do nosso ténis pode fazer-se através de várias maneiras, mas é na competição internacional que se afere o nível dos intervenientes, se avalia a capacidade de cada organização em sintonia com a Federação Portuguesa de Ténis.
A crescente aposta da entidade federativa em proporcionar os melhores meios possibilitou que este ano Portugal tivesse três torneios da categoria Challenger (Lisboa Belém Open, Braga e Maia), havendo a certeza que na cidade maiata existe uma firme vontade, bem expressa através do presidente da Câmara, engº António da Silva Trigo em dar continuidade a este projeto.
A boa colocação da data no calendário ATP é um estímulo para o evento ter bons quadros e em jeito de balanço quando falamos da valorização da Taça Davis é apenas para reforçar a aposta de João Domingues que, aos 26 anos, já vai para o sexto ano com a camisola das quinas.
São estas presenças em fases adiantadas de provas em Portugal que criam uma importante identidade entre jogador e público e o caso recente de João Domingues é um bom exemplo a querer deixar antecipar um bom ano para 2020.
O ténis nacional só tem a ganhar com torneios deste nível como o Maia Open, onde no encerramento da época os jogos podem ser disputados em recinto coberto, com a garantia de se assistir a bons jogos e vislumbrar quem no futuro possa ingressar no top 100 mundial.
Desta feita, e convém não esquecer 8 portugueses marcaram presença no quadro principal do torneio maiato. Foram eles: Luís Faria, Pedro Sousa, Tiago Cação, Nuno Borges, João Monteiro. Fábio Coelho, Francisco Cabral e João Domingues.
Dá para acreditar.
Norberto Santos, jornalista