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Julho 11, 2025

Victoria Ribeiro: Do ténis de praia à ciência política

Victoria Ribeiro foi a primeira portuguesa a estrear o court central do Sand Series de Matosinhos e a saborear vitória. Ao lado da letã Aleksandra Kovalova superou a amiga e compatriota Marta Magalhães e a treinadora Liudmila Nikoian. Aos 22 anos, a jogadora do CN Ginástica fala sobre a paixão pelo ténis de praia e a vida longe do areal que vai passar por Barcelona e o mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais.

Iniciar o Sand Series a ganhar frente à portuguesa com o melhor ranking de sempre foi especial?
VICTORIA RIBEIRO – Foi um dia animado. Tivemos a primeira ronda contra a Marta Magalhães, que é uma colega da Seleção e também é uma amiga. Já nos conhecemos muito bem em campo. E depois a Ludmila, que é a minha treinadora, nunca é fácil ajudar contra uma treinadora. Sabe do que gosto e não gosto, mas também sei dela. É muito importante abstrairmo-nos disso quando entramos em campo. Caso contrário, pode tornar-se num fator psicológico que faz toda a diferença no jogo. Não podemos pensar muito em quem está do outro lado. Há boa energia entre nós e sabia que ia haver fairplay em campo. Foi dar o máximo e seguir.

Ainda assim não deixou de ser uma vitória no primeiro Sand Series realizado em Portugal…
VR – É super giro estar a jogar aqui em Portugal, pela primeira vez num Sand Series, poder jogar em casa. Já sabíamos que ia ser um jogo muito duro. No sorteio, estava sentada ao lado da Marta que me dizia ‘vais calhar tu e eu’ e eu concordava. Estávamos certas [risos]. É chato porque estamos em casa e todas queremos ganhar.

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Também passaste pelo ténis convencional, como se dá a passagem para o ténis de praia?
VR – Sim, houve uma altura em que ainda joguei ténis, mas nunca gostei. Fui um bocado obrigada, mas não achava piada e desisti. Depois, comecei a jogar ténis de praia há sete ou oito anos. Ainda pensei em ir para o voleibol, porque o meu pai também jogava e eu gostava de voleibol de praia. Só que, numa tarde, em Carcavelos, comecei por brincadeira e gostei muito. É um lifestyle e apaixonei-me completamente. Estar na praia, com música, as pessoas… Há ambiente de competição, mas é uma competitividade diferente. Fui jogando mais, no início de brincadeira e agora já não é.

Como vês a evolução do beach tennis em Portugal?
VR – Cresceu imenso nos últimos anos. Fico super feliz por ver que tanta gente tenha começado a gostar do ténis de praia e a jogar. O número de pessoas federadas também aumentou muito. A Federação Portuguesa de Ténis também apoiou muito, tem feito bom trabalho, promovendo imensos torneios. Ter a Manu [Manuela Cunha] como coordenadora de ténis de praia é uma coisa excecional. Ajuda-nos em tudo, promove, é perfeita. Sabe o que é estar neste lado. Isso faz com que consigamos evoluir como atletas.

A admiração pela Manuela Cunha, tua parceira no Nacional é grande, dá para ver, mas tens ídolos no desporto?
VR – Não sou muito de ter ídolos. Há muitos desportistas de quem gosto, como o Novak Djokovic. Sou muito, muito fã e nem é do ténis de praia. É do Benfica? É como eu!

Até onde vão os teus sonhos no ténis de praia?
VR – Ganhar um Sand Series são palavas muito grandes, mas é o sonho de todos os que aqui estão. E o meu não é diferente. Mas estou mais focada no presente, em fazer o meu caminho, em tentar jogar sempre cada vez melhor. Eu não vivo só disto, estudo e trabalho. É um complemento, um hobby que adoro. E que quanto mais presente puder estar na minha vida, tanto melhor.

Fala-me um pouco sobre esse teu outro lado fora da competição…
VR – Acabei o meu curso, estudei Ciência Política e Relações Internacionais. Passei o último ano a fazer voluntariado, também andei a trabalhar na criação de projetos para o Erasmus. Terminei em junho o contrato e, em setembro, começo o meu mestrado em Barcelona. Também sou metade espanhola.

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