O rosto do argentino Federico Coria refletia felicidade e as gargalhadas atenuavam qualquer sinal de quem passara três horas certas em court para levar a melhor sobre o belga Kimmer Coppejans com 6-3, 4-6 e 7-6 (7-4).
Irmão mais novo de Guillermo Coria que foi 3.º da hierarquia e finalista de Roland Garros em 2004, o tenista das Pampas conhece o segredo para ganhar pela quarta vez ao adversário que já foi top-100 e entrou no Maia Open com ranking protegido.
Com meias-finais garantidas, Coria reconheceu que viajou propositadamente até Portugal para lutar por pontos que lhe permitam entrar direto no Open da Austrália, quando pelo meio está a ultimar preparativos para o casamento em dezembro e a mudar de casa.
Coria espera sair do nono e derradeiro ATP Challenger realizado em solo nacional com o 16.º troféu da carreira, sétimo deste nível.
Neste quase monólogo, o argentino ia espreitando Damir Dzumhur, seu rival nas contas para o Grand Slam inaugural de 2025, a vencer a batalha de antigos top-100 com Albert Ramos Viñolas (17.º), que já foi campeão do Estoril Open em velozes 57 minutos.
Com efeito, Dzumhur, 32 anos, vingou os dois desaires que Ramos-Viñolas, quatro anos mais velho, lhe desferiu no Masters 1000 de Indian Wells em 2017 e 2019.
O bósnio (106.º) também tem contas a acertar com Coria, vencedor do único embate entre ambos em Roma-2020. Além do lugar na 24.ª final challenger Dzumhur não quererá perder a oportunidade de conquistar o cinco troféu da temporada e o apetecível lugar no quadro principal do Melbourne Park, embora tenha reconhecido não ser uma meta que o tem inquietado.
