Na próxima madrugada, por volta da meia-noite em Portugal Continental, será a vez de Francisco Cabral entrar em ação no court 6 do Melbourne Park, naquela que ronda inaugural de pares para o portuense e o amigo de infância Nuno Borges.
De raquetas unidas desde os sub-10, os portugueses mais bem cotados em pares e singulares vão encontrar do outro lado da rede o duo formado pelo croata Nikola Mektic e o neozelandês Michael Venus, especialistas da variante, com títulos do Grand e liderança do ranking, no caso do europeu.
Apesar dos pergaminhos da outra dupla, Cabral acredita que não há impossíveis. “Temos uma ronda dura, contra dois excelentes jogadores e muito experientes. Tenho treinado com vários parceiros, jogadores muito bons e as sensações dos treinos tem sido muito positivas”, garantiu o tenista de 27 anos, 76.º classificado do ranking mundial de pares, que se encontra em Melbourne a treinar há duas semanas.
Com 16 dos 28 troféus conquistados na carreira a acontecerem na partilha do court com Borges – o mais relevante deles no ATP 250 Estoril Open em 2022 -, Cabral que, em 2025, chegou às meias-finais do ATP Challenger 100 de Nouméa, na Nova Caledónia, em parceria com o francês Theo Arribage, tem outros momentos que quer, no mínimo, repetir com o amigo.
“Eu e o Nuno jogámos o US Open juntos, jogámos muito bem e vamos tentar repetir [a terceira ronda] aqui na Austrália. O Nuno já ganhou dois encontros de singulares, por isso está em boa forma. eu vou tentar acompanhar da melhor maneira que sei. Temos de jogar a um nível muito alto para termos hipóteses. Mas isto são pares, tudo pode acontecer! Só precisamos estar prontos para as pequenas oportunidades que surgirem”, vaticinou Cabral que, em 2024, também fez história ao lado de Borges, atingindo a segunda ronda nos Jogos Olímpicos de Paris.