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Abril 22, 2025

As dores físicas e da mente de Ana Filipa Santos (vídeo)

Ana Filipa Santos é a mais velha das portuguesas no Oeiras CETO Open, agora só em prova no torneio de pares, onde tem parceria firmada com a dinamarquesa Sara Borkop. A tenista, de 29 anos, foi uma das sete lusas a perder no qualifying no segundo dia deste ITF W100. Mas o desaire é dos males menores da alentejana (974.ª), a tentar regressar ao ténis, pela segunda vez, após arreliadoras lesões em outros tantos anos e convicta de que há ainda um sonho a concretrizar nos courts. “Não há outra coisa de que mais goste do que jogar”, afiançou Pipa, como é conhecida, a engolir lágrimas com o sorriso aberto de quem liberta a alma do peso que tem carregado desde que sofreu rotura de ligamentos cruzado no joelho e, há seis meses, foi submetida a cirurgia a hérnia inguinal.

“Demorou mais tempo do que estava à espera e também do que me disseram. Acho que a minha ânsia de querer voltar logo a competir não ajuda em nada”, assumiu Ana Filipa Santos. “Estou a fazer o melhor para voltar à forma que quero. Não digo que estou a 100%, porque estou a sentir dores que não desejo a ninguém. Não necessariamente na zona da hérnia, que me deixa bastante aliviada, mas não tem sido fácil”, reconheceu.

 

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Ana Filipa Santos

 

Grata aos pais e a todas as pessoas que a rodeiam, bem como à Federação Portuguesa de Ténis, pelo apoio com os “campos e a utilização do ginásio, que é uma grande ajuda”, bem como os wildcards atribuídos”, a jogadora não esconde os momentos de angústia de quem tem de ultrapassar as dores físicas às da mente. Com mestrado em Engenharia de Micro e Nanotecnologias, Pipa diz-se “numa luta interna muito difícil”, a de quem tem de encontrar soluções financeiras para prosseguir com o sonho no mundo das raquetas.

“Neste momento, não tenho nada planeado, porque financeiramente não consigo viajar para qualquer lado. Mesmo para Espanha, para onde posso ir de carro, está muito caro. Possivelmente, em maio vou à Alemanha jogar Interclubes e, possivelmente, vou ter que jogar os UTR outra vez”, resumiu referindo-se a torneios não oficiais que têm jogado no Algarve.

“Não gosto de falar destas coisas, mas fui para o primeiro UTR com 90 euros na conta, saí de lá com 750 dólares. Por um lado, não foi nada mau, mas joguei com muita dor. Resumindo, está a ser a pior altura da minha carreira, não foi assim que tinha planeado a minha segunda volta”, lamentou, ao mesmo tempo que diz ter vivido com a “pressão do dinheiro todos os dias” da carreira. “É um esforço que os meus pais fazem, mas este é o meu sonho, é uma coisa que eu quero fazer, já tenho um curso, queria dar uma oportunidade a mim mesma de, pelo menos, tentar ver do que sou capaz. Todo o envolvimento físico e as dores, e não saber o que fazer, isso é o que me mata, metaforiza.

Na mente de Ana Filipa Santos não faltam soluções, e emigrar para Dubai ou Estados Unidos não está fora da equação. “É muito difícil dar treinos por causa de toda a envolvência física, é muito tempo de pé e não consigo aguentar bem. Não é algo que me veja a fazer no futuro, mas, neste momento, estou a pensar ir ou para os EUA ou para o Dubai para tentar ganhar esse dinheiro e depois ficar tranquila. Tenho de arranjar soluções para, pelo menos, em seis meses, conseguir jogar como quero. Vou fazer o que posso para continuar a jogar”, promete.

(Foto: Beatriz Ruivo/FPT)

 

Vídeo: Rui Correia/FPT

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