Francisco Cabral, agora ao lado de Lucas Miedler, austríaco com quem forma dupla segunda cabeça de série, continua a alimentar o sonho de repetir o sucesso de 2022, então com Nuno Borges por parceiro campeão do Millennium Estoril Open, numa altura em que o torneio integrava o calendário dos ATP 250. Apesar de, nesta edição ter sido despromovido a Challenger 175, a magia do Estoril Open mantém-se para o portuense de 28 anos, que seguiu para os quartos de final.
“É sempre especial este torneio. Já o era mesmo que não tivesse ganho como ganhei. É especial ter aqui grande parte da minha família, amigos que não tenho comigo, infelizmente, na maior parte da temporada”, reconheceu Cabral.

Classificado na 54.ª posição da hierarquia mundial de pares, Cabral encontrou do outro lado da rede os irmãos Francisco e Henrique Rocha com os quais, pouco antes estivera a assistir à estreia de Nuno Borges no quadro de singulares. Os parciais 6-3 e 6-2 selaram a vitória. “É sempre difícil jogar com dois amigos, duas pessoas por quem tenho um carinho grande. Apesar da minha idade ser mais próxima da do Francisco, sou mais próximo do Henrique, é quase como se fosse irmão mais novo. Gosto mesmo muito dele, é sempre difícil lutar com alguém assim, mas dentro do campo há que separar as coisas. Apesar do respeito estar presente, estou lá para ganhar. Voltando agora para o balneário, continuo a ser o amigo de sempre”, asseverou.
Cabral e Miedler vão encontrar Karol Drzewiecki e Piotr Matuszewski, polacos com quem perderam a final do Oeiras Open 4, há duas semanas. “Deus queira que consigamos a ‘revanche’, mas são uma dupla muito dura. Espero contar com o público português e que joguemos um pouco melhor do que no Jamor, para poder ganhar-lhes”, rematou o portuense.
Fotos: Millennium Estoril Open