Nuno Borges e o francês Arthur Rinderknech perderam na terceira ronda de Roland Garros e, assim, foi colocado um ponto final na épica participação portuguesa nesta edição do Grand Slam da terra batida.
Diante dos britânicos Joe Salisbury, 20.º mundial da variante, e Neal Skupski (15.º), a dupla luso-gaulesa resistiu durante 1.31 horas, mas acabou impedida de chegar aos oitavos de final com os parciais de 6-7 (5/7) e 4-6, perante um par cujos protagonistas, embora nunca tenham ganho na quinzena parisiense, já se sagraram campeões em Wimbledon, no caso de Skupski, e do Open da Austrália (2020) e do US Open (entre 2021 e 2023), no de Salisbury.
Frente a estes especialistas de pares e oitavos cabeças de série, a continuidade do maiato nos pares de Roland Garros não se perfilava fácil. Apesar do serviço de Borges e do parceiro atingirem velocidades superiores (214 km/h), a colocação da pancada de saída dos britânicos rendeu-lhes 39 pontos em 43 possíveis. Sem oportunidades de quebrar o serviço a Salibury e Skupski, o par favorito não desperdiçou um de dois breakpoints e ainda assinou 39 winners vs. 20 do duo luso-francês, menos perdulário nos erros não forçados, mas sem ser suficiente.
Portugal despediu-se assim de Roland Garros coroado de história com três tenistas no quadro principal, depois de Henrique Rocha cruzar o qualifying e chegar à terceira ronda, depois de protagonizar reviravolta a dois sets de desvantagem, ou com Nuno Borges dar a primeira vitória de um jogador luso sobre um top-10 num Grand Slam, ao superar Casper Ruud (7.º).
Foto: FPT/Anastasia Barbosa