Um ás de Lorenzo Sonego, ao fim de 1.43 horas, selou, com os parciais de 3-6, 4-6 e 2-6, o adeus de Jaime Faria a Wimbledon, o Grand Slam da relva no qual o número dois nacional (116.º mundial) passara o qualifying, garantindo a estreia no quadro principal do All England Club.
Todavia, na primeira vez que encontrou o italiano 48.º da tabela ATP, que já figurou na 21.ª posição e conta no currículo, o tenista que integra o Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa assinou quatro ases, 23 winners face aos 38 do transalpino e pecou nos erros não forçados – 32, mais 20 do que Sonego, que conta com um título ATP na relva de Antália (2019). Faria criou dois pontos de break e não capitalizou nenhum, enquanto o italiano quebrou quatro vezes o serviço do lisboeta de 21 anos.
Um ano depois de ter perdido na ronda inaugural do qualifying com o compatriota Henrique Rocha, Jaime Faria deixa a catedral com três vitórias na fase de qualificação e outras cinco na superfície, tendo atingido os quartos de final no ATP Challenger de Nottingham.
Nuno Borges, que superou a ronda inaugural pela primeira vez, vai medir forças com o britânico Billie Harris, 151.º mundial, na segunda ronda de singulares. O maiato está igualmente inscrito no quadro de pares com o norte-americano Marcos Giron, 46.º mundial. Vai encontrar a dupla neerlandesa constituída por Robin Haase e Jean-Julien Rojer, este último ex-n.º 3 e campeão londrino em 2015, entre os três troféus da vitória em major (Roland Garros-2022 e US Open-2017).
Ainda no quadro de pares, Francisco Cabral (40.º mundial da variante) e o austríaco Lucas Miedler, que atingiram meias-finais no ATP 250 de Estugarda e no ATP 500 de Halle, torneios de preparação para este Grand Slam, têm encontro marcado com o britânico Jamie Murray – curiosamente antigo n.º 1 mundial da variante com quem o português tentou parceria alongada em 2022 – e o norte-americano Rajeev Ram.
Foto: ittakestennis/ Mateusz Mecik