Althea Gibson, 75 anos a quebrar barreiras. É sob este slogan de homenagem à primeira tenista negra que, não obstante os preconceitos raciais que enfrentou em meados do século XX, deu lições a quem lhe apontava o dedo, conquistando 11 títulos do Grand Slam em singulares e seis de pares. E será neste ambiente de celebração à lendária campeã norte-americana que Jaime Faria e Henrique Rocha vão iniciar a prestação no qualifying do derradeiro Major de 2025, tentando juntar-se a Nuno Borges no quadro principal de singulares do US Open, no qual Francisco Cabral vai competir no quadro de pares, ao lado do austríaco Lucas Miedler.
Ditou o sorteio que Jaime Faria, 124.º mundial mas que no início do ano se tornou no oitavo português a figurar no top-100 (87.º), vai encetar a segunda participação na quinzena nova-iorquina – perdeu na ronda inaugural do qualifying em 2024 diante do francês Lucas Pouille – diante do japonês Rio Noguchi, 210.º do ranking. O lisboeta, de 22 anos, e o nipónico, de 26, vão medir forças pela primeira vez.
A prestação do compatriota e amigo do grupo de treino do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis não foi melhor em Flushing Meadows. Também diante de um adversário francês, Quentin Halys, o portuense 171.º mundial perdeu na ronda inaugural da qualificação em 2024. Este ano, o sorteio colocou Henrique de novo frente a frente com um francês, neste caso o experiente Pierre-Hugues Herbert, 134.º do ranking e ex-36.º que joga pela 12.ª vez na quinzena nova-iorquina, na qual nunca foi além da segunda ronda de singulares, não obstante os 24 troféus de pares, cinco deles do Grand Slam. Em confrontos com Henrique Rocha leva vantagem, pois superou o português em Marraquexe na única vez que mediram forças.