Portugal foi durante muito tempo palco das férias de Guy Den Ouden com os pais, agora aos 23 anos é em território luso que o neerlandês, 161.º do ranking mundial, procura o segundo título ATP Challenger da carreira, após ter garantido lugar na sétima final internacional de 2025 – as anteriores foram em M25 – e o primeiro troféu de campeão da época. Isto depois de ter feito valer a condição de segundo cabeça de série na meia-final frente a Frederico Silva, o português em quem residiam as esperanças de um campeão caseiro na CT Porto Cup.
Detentor de 20 troféus ITF, o número quatro luso (255.º do ranking ATP) ainda busca o primeiro título deste escalão e lutava pela quinta final deste nível, mas o inspirado neerlandês não deu hipótese e, ao fim de 1.34 horas, e duplo 3-6, Frederico Silva (255.º), que correu por cada ponto encurtado por Den Ouden, não conseguiu prolongar a decisão para uma das habituais maratonas.
Na última vez que o caldense, de 30 anos, e neerlandês, de 23, o português saiu eliminado na ronda inaugural do Challenger de Dobrich e Den Ouden campeão. Por isso, não é de estranhar que o tenista natural de Utrecht tenha feito figas, sorridente, quando disse que o português pode ser o seu amuleto da sorte para a final, deste domingo, diante do belga Gilles Arnaud Bailly. A sétima do ano que, até agora, não tem equivalência em títulos.
“Estou muito feliz por ter passado à final. Joguei um grande encontro frente a um forte oponente, acho que ele fez um grande torneio. Estou feliz por ter ganho. Acho que, há um ano também joguei bem e agora também, o suficiente para ganhar”, declarou Den Ouden, a fazer figas, literalmente, para a final com Bailly, jogador belga que “fala a mesma língua” e com quem tem conversado na CT Porto Cup.
“Tenho de jogar o melhor e ver o que acontece. Ele vai estar super empolgado por jogar a primeira final, espero jogar o meu ténis e ganhar”, rematou o neerlandês, sem esconder que vai manter a tradição de comer o mesmo prato, no mesmo restaurante tailandês na Invicta. Afinal em receita vencedora não se mexe.
