Só no dia 4 de novembro é que a Seleção Nacional feminina vai concentrar-se, a fim de realizar dois treinos no Jamor – um na terça-feira, às 15.00 horas, o outro na quarta de manhã, pelas 11.00 horas – antes de rumar ao final do dia 5 para a Austrália. Uma longa viagem com sonhos nas bagagens de Francisca Jorge, Matilde Jorge, Angelina Voloshchuk e Inês Murta, que querem repetir história, quando disputarem o Grupo E dos Play-off de acesso aos Qualifiers da Billie Jean King Cup by Gainbridge, que terá lugar no Domain Tennis Centre, em Hobart, na Austrália, de 14 a 16 de novembro de 2025.
“Esta competição é muito especial para todos os elementos desta equipa. Mesmo quem entra pela primeira vez, sente a diferença relativamente a qualquer outro torneio. Vou levar as mesmas jogadoras que estiveram em Vilnius, já têm muitos momentos felizes nos últimos anos, muitas horas de sofrimento mas principalmente de muita felicidade”, argumentou Neuza Silva, a selecionadora nacional feminina da mais importante competição feminina por equipas.
No grupo E, Portugal vai defrontar a congénere da Austrália, quinta cabeça de série – Nicole Pratt chamou Maya Joint (32.ª), Priscilla Hon (97.ª) e Kimberly Birrell (114.ª) e as especialistas de pares Ellen Perez (23.ª) e Storm Hunter (38.ª) -, e a do Brasil, cuja representação Luiz Neto deixou a cargo de Laura Pigossi (204.ª), Ana Candiotto (456.ª), Nauhany Vitoria Leme da Silva (667.ª), Luisa Stefani (17.ª de pares) e Ingrid Martins (67.ª pares). Será a segunda vez que Portugal vai jogar os Play-offs, 34 anos depois de Sofia Prazeres, Tânia Couto e Joana Pedroso terem chegado à fase final em 1991, quando a mais importante competição feminina por equipas era designada Taça Federação.
“Um dos objetivos da equipa é dignificar as cores de Portugal, é jogar com paixão e deixar tudo em campo. O objetivo de continuar a subir está sempre presente na nossa mente”, reforçou a capitã que tem estudado as equipas adversárias: “A Austrália é a seleção da casa com uma equipa recheada de jogadoras top-100, relativamente ao Brasil conheço melhor as jogadoras que convocadas. Prefiro não falar de expectativas, gosto de dizer que a equipa está focada e motivada para fazer bons encontros em Hobart. Esta competição joga se com muito coração e sangue na guelra, assim, tudo é possível”, afiançou Neuza Silva que confiou no mesmo quarteto que brilhou em Vilnius, na Lituânia, quando garantiu o regresso à ronda de acesso aos Qualifiers.
Aos 25 anos, Francisca Jorge, atual 235.ª mundial, vai competir na 32.ª eliminatória da Billie Jean King Cup by Gainbridge, sendo a terceira jogadora nacional com mais participações, atrás de Ana Catarina Nogueira (35) e Michelle Larcher de Brito (32). Quatro anos mais nova, a irmã Matilde Jorge, agora 238.ª do ranking WTA, estreou-se pela Seleção Nacional em 2021 e competiu em 19 eliminatórias. Número três nacional, Angelina Voloshchuk (488.ª) é a menos experiente do quarteto no qual se estreou em 2024, aos 16 anos, defrontando, desde então, sete equipas. Inês Murta (824.ª), a mais velha do conjunto português, com 28 anos, leva 18 participações desde que vestiu a camisa das Quinas, pela primeira vez, em 2014.
Neuza Silva confia que a magia do quarteto pode surpreender: “Para esta equipa, representar Portugal, independentemente da competição, tem um significado muito especial. Em 2022, estávamos na terceira divisão, o nível de entrega e profissionalismo foi igual ao deste ano, no qual estivemos a lutar pelo play off de subida. A união e vontade de vencer fazem deste mais um momento especial”, rematou.
Sob o formato de round robin, com dois singulares e um par, a eliminatória começa para Portugal, a 14 de novembro, frente a anfitriã da Austrália, pelas 12.00 horas locais (menos dez horas em Portugal Continental). No dia seguinte, é a vez do quarteto luso medir forças com o Brasil, também às 12.00 h, estando a derradeira jornada reservado ao frente a frente entre Brasil e Austrália e à folga da Seleção Nacional.
Fotos: ITF e FPT
