Francisco Cabral e Lucas Miedler não conseguiram o segundo título conjunto, desta feita no Millennium Estoril Open, ATP Challenger 175 do qual o português foi campeão de pares em 2022, ao lado do amigo de infância Nuno Borges e numa altura em que o torneio integrava o elenco dos ATP 250, aos quais espera voltar em 2026.
Nesta ventosa tarde de domingo, após uma hora de adiamento para reparar os estragos da chuva, a dupla luso-austríaca, composta há quatro semanas, entrou no Estádio Millennium para a final, com o intuito de repetir o título conquistado há três semanas no Challenger de Madrid. Todavia, do outro lado da rede, Cabral e Miedler, 54.º e 56.º do ranking mundial de pares, respetivamente, encontraram os principais candidatos ao título: uruguaio Ariel Behar, que não aumentava o pecúlio de 32 troféus desde 2023, e o belga Joran Vliegen, campeão do torneio português há dois anos, então com Sander Gille por parceiro, e dono agora de 46 títulos da variante, entre eles o Masters 1000 de Monte Carlo em 2024.
Ao longos dos 74 minutos da final, um break em cada set chegou para determinar o par campeão e não foi aquele em que Cabral carregava as cores nacionais. Os parciais de 5-7 e 3-6 ditaram o desaire do tenista portuense, de 28 anos, que não conseguiu esconder a frustração por não fazer a festa em frente ao seu público.
“Neste momento, é difícil fazer uma avaliação muito positiva, mas acaba por ser uma semana boa, num torneio muito especial para mim e onde quero ter uma melhor performance. Acho que não jogámos mal, infelizmente não foi o suficiente, porque os outros dois jogadores também são uma dupla super experiente, souberam aproveitar as nossas debilidades e fizeram-nos sentir que eram mais fortes”, reconheceu Francisco Cabral que, no Clube de Ténis do Estoril, procurava o 15.º título Challenger da conta pessoal, 30.º internacional do currículo, no qual constam dois ATP.
Cabral e Miedler, que conquistaram o troféu no Challenger de Madrid, e perderam as finais do Oeiras Open 4 e no Estoril Open, nas quatro semanas como dupla, não estiveram tão bem no capítulo do serviço, nem da resposta, não conseguindo converter qualquer ponto de break. “Este campo aqui no Estoril é muito complicado de jogar, porque parece que o vento entra e depois não sai, fica ali meio em remoinho, não é um vento fixo, ou seja, não está sempre na mesma direção. Isso dificultou-nos também muito e há que adaptar. Infelizmente, não nos adaptámos melhor do que eles. O ténis é assim e não posso só ficar triste porque ganhámos três jogos e perdemos um e acabou por ser uma semana positiva”, reiterou o portuense.
Apesar da tristeza estar estampada no rosto, o número um português de pares, que procura parceiro para o Masters 100 de Roma, continua a procurar o lado da positivo desta semana. “O Estoril é um lugar especial para mim, foi onde ganhei o meu primeiro título, o maior torneio em Portugal e queria muito ganhar aqui, por isso acaba por me pesar um bocadinho mais esta derrota do que outras. Daqui a um ou dois dias já estou em casa tranquilo e já vou treinar para fazer melhor nos próximos torneios”, prometeu Francisco Cabral.
Fotos: Millennium Estoril Open
