Com grito efusivo e punho em riste junto à rede e sorriso rasgado, Francisco Rocha celebrou a vitória na ronda inaugural do Oeiras Open 5, ATP Challenger 100 promovido pela Federação Portuguesa de Ténis no central do Jamor. Palco mítico dos jogadores nacionais, no qual o maiato, de 25 anos, celebrou, pela primeira vez, um triunfo, em sete partidas disputadas no complexo.
“É a primeira vitória em singulares no Jamor. Nunca tinha pensado nisso, mas é verdade e dá para entender o quão fresquinho ainda sou nestas andanças, não é? Porque tenho 25 anos, mas, honestamente, sinto que estou a começar a minha carreira. Porque não estou rodado ainda nestas andanças”, reconheceu Rocha, 696.º classificado no ranking mundial, a apostar na carreira profissional após ter concluído os estudos universitários nos Estados Unidos. “Sinto-me orgulhoso do meu trabalho e acho que estou a saltar muitas etapas. Agora vamos à própria próxima”, vincou Francisco Rocha, após as 2.30 horas de batalha intensa com o egípcio Fares Zakaria (611.º).
O mais velho dos irmãos Rocha – Henrique, de 21 anos, é um dos cinco lusos com entrada direta no quadro principal e estava a acompanhá-lo no banco da equipa técnica – operou uma reviravolta no segundo set, quando quebrou o serviço do africano, 11.º pré-designado ao 3-1, não mais perdendo o comando da partida. Embora os nervos tenham vindo à tona no terceiro parcial, ao permitir o contrabreak de Zakaria, quando dominava por 5-2, Francisco Rocha fechou a partida ao terceiro match point com 3-6, 6-2 e 6-4.
Para se juntar ao irmão mais novo, que tem duelo marcado com o amigo Jaime Faria, campeão em título, Gastão Elias, Tiago Pereira e Pedro Araújo, o maiato terá de manter a toada vitoriosa, esta segunda-feira, sobre o neerlandês Ryan Nijboer (408.º). “Já o vi jogar nos futures em Espanha. Sei que treina em Espanha, tem um bocadinho de base espanhola, é sólido do fundo do campo, mas se jogar com intenção, estarei sempre mais próximo de ganhar”, vaticinou.
Foto: Beatriz Ruivo/FPT