Frederico Silva (na foto) e Tiago Pereira não conseguiram juntar-se a Henrique Rocha nos quartos de final do Eupago Porto Open, ATP Challenger 100 a decorrer no Complexo Desportivo do Monte Aventino. Em pares, os três portugueses que procuravam as meias-finais acabaram eliminados.

O primeiro a ficar pelo caminho foi Frederico Silva (263.º). À procura dos primeiros quartos de final nas cinco participações no maior torneio da cidade Invicta, o caldense, de 30 anos, não resistiu a Moez Echargui (312.º) e cedeu com dup0lo 3-6 frente ao tunisino, após 95 minutos.
O primeiro encontro com este adversário ficou marcado pela baixa colocação (39%) de primeiros serviços que Silva admitiu ter condicionado tudo: “Não o senti de todo. E isso fez logo com que a maioria dos pontos não começasse como eu queria, mas sim de uma forma que o deixava bastante confortável. Precisava de começar eu a comandar para o obrigar a movimentar, variar as direções e a profundidade de bola, porque ele naquele registo do fundo do campo falha muito pouco e tem uma qualidade de bola bastante boa. Sabia que tinha de variar o meu jogo e pressioná-lo, mas com uma percentagem de serviços tão baixa tornou-se tudo muito mais difícil.”
Sem Frederico Silva, a presença portuguesa nos quartos de final ainda podia duplicar e Tiago Pereira (295.º) não só esteve bem encaminhado, como depois de perder o ascendente ameaçou uma recuperação épica antes de acabar derrotado pelo francês Antoine Escoffier (303.º) com os parciais de 6-3, 4-6 e 5-7. Dois dias após celebrar, pela primeira vez, em quadros principais de torneios Challenger organizados em Portugal, o algarvio, de 21 anos, chegou a liderar por 6-3 e 1-0 com um break inicial na segunda partida. Mas Escoffier — detentor de três títulos ITF em Portugal — virou o encontro, chegando a liderar por 5-0 na derradeira partida antes de Pereira ameaçar a recuperação ao salvar quatro match points e vencer cinco jogos consecutivos.
“Podia ter ganho em dois sets. Senti que era uma boa oportunidade e não consegui agarrá-la”, desabafou, após uma jornada dupla. “Deixei-me ir demasiado abaixo no início do terceiro set, por isso é que comecei com uma desvantagem tão grande. Lá consegui lutar até ao final e estive perto, mas desta vez foi assim. O break que sofri quando estava a ganhar por um set e um break foi bastante mal levado. Cometi bastantes erros não forçados e fiz um drive volley a medo. A 5-4 quando sofri o break perdi o controlo das minhas emoções e só me acalmei quando já estava a perder por 5-0 no terceiro set.”
As duas derrotas desta quinta-feira deixaram Henrique Rocha como o único representante nacional no quadro de singulares e o portuense tem o regresso à ação agendado já para as 11 horas de sexta-feira, frente ao espanhol Alejandro Moro Canas, vice-campeão de 2024.

Nos pares, Tiago Pereira, Diogo Marques e Pedro Araújo não resistiram aos quartos de final de pares e deixaram o Eupago Porto Open sem representantes lusos na variante.
Tal como Vasco Prata e Tiago Silva na véspera, Marques e Araújo também não conseguiram surpreender os neerlandeses David Pel (38.º ATP) e Jean-Julien Rojer (93.º) e perderam por 6-7 (3/7) e 3-6 com os segundos cabeças de série.
A fechar o dia, Pereira regressou ao court e ainda entrou bem ao lado de Johannes Ingildsen, mas a dupla luso-dinamarquesa acabou por sofrer a reviravolta (6-4, 3-6 e 5-10) face ao norte-americano George Goldhoff e a Ray Ho (Taiwan).
Fotos: Eupago Porto Open