Skip to content
Maio 2, 2025

Nuno Borges épico: “Vou tentar manter a bandeira ‘viva’ mais um bocadinho”

3.18 horas. Este passou a ser o recorde da partida mais longa desde que o Millennium Estoril Open passou a realizar-se no Clube de Ténis do Estoril, em 2015. Aconteceu, esta quinta-feira, Dia do Trabalhador, numa segunda ronda em que Nuno Borges foi o tenista que mais laborou para chegar aos quartos de final, pela segunda edição consecutiva.

De braços erguidos, depois de uma épica batalha com o húngaro Marton Fucsovics, 130.º do ranking no qual já figurou em 31.º, o maiato, 41.º da ATP, fez a festa acompanhado pelo público que encheu as bancadas e não parou de incentivá-lo nos momentos de maior aflição. Os parciais de 7-6 (8/6), 6-7 (4/7) e 6-4 foram o símbolo matemático do sucesso do melhor português da atualidade que salvou 13 de 15 pontos de break, enfrentou um setpoint do magiar no primeiro parcial, pecou nos erros não forçados (59), comparativamente aos winners (31). Tudo isto regado a longas trocas de bola. E assim Borges e Fucsovics prolongaram a batalha por mais oito minutos do que anteriormente mais longa (3.10 h) que teve por protagonistas o espanhol Roberto Carballes Baena e o britânico Cameron Norrie, em 2018.

Marton Fucsovics MR 1
Marton Fucsovics

“Estou um bocadinho cansado, obviamente. Foi um encontro muito longo, muito duro. Acho que ele teve muito mérito no resultado que fez, apesar de não ter caído para o lado dele. Fez um bom jogo do início ao fim. Não senti que lhe tenha dado tanta vantagem, tantas abertas, mas ele realmente tornou a partida muito difícil”, reconheceu Borges. “No fim, senti que quis um bocadinho mais que ele. Nem sempre é possível, mas desta vez acho que fez a diferença. Estou contente”, reforçou o tenista de 28 anos.

Entre os cânticos das bancadas, de onde em onde, era pedido a Borges para sorrir. Embora concentrado, a cada ponto ganho, de punho em riste na direção da equipa técnica – Rui Machado, Paulo Figueiredo -, o número um português rasgava o sorriso. “Estou sempre muito concentrado e, às vezes, esqueço-me de onde estou. E penso só no que preciso fazer para ganhar ao adversário. Mas realmente houve momentos em que desfrutei do ambiente, do estádio, do público todo a puxar por mim. Foi um fim de tarde bem passado, uma grande batalha e não foi tudo sofrido. Até soube aproveitar o momento”, resumiu.

Nuno Borges AI9
Nuno Borges

Para chegar a inéditas semifinais, apesar de já ter sido campeão de pares em 2022, ao lado do amigo Francisco Cabral, o maiato vai defrontar o sérvio Miomir Kecmanovic, 47.º do ranking. Um adversário com quem perdeu em 2023, no ATP de Delray Beach, e ganhou, um ano depois, no Masters 1000 do Canadá. “Em Montreal, tivemos uma batalha duríssima. Foi em piso rápido e agora será em terra batida. Mas acho que não há-de ser muito diferente. Ele joga bem nas duas superfícies. Estou à espera de uma batalha grande. Vou tentar aproveitar um bocadinho da confiança de ter ganho este encontro. Tenho mais uma oportunidade para tentar o meu melhor resultado de sempre aqui, em singulares, estou entusiasmado. Esta semana tem um significado muito grande para os tenistas portugueses. Vou tentar manter a bandeira viva mais um bocadinho”, prometeu.

Fotos: Millennium Estoril Open

Partilhar

Notícias

Francisco Sardinha semifinalista no TE U14 de Rakovnik

Francisco Sardinha garantiu lugar, esta sexta-feira, nas meias-finais de Pohar mesta Rakovnik U14, torneio de

Francisco Cabral: “É sempre difícil jogar contra dois amigos”

Francisco Cabral, agora ao lado de Lucas Miedler, austríaco com quem forma dupla segunda cabeça

Gastão Elias a um ponto de voltar aos quartos de final

Ainda a licença do Estoril Open tinha outro proprietário e era um ATP 250 realizado

Patrocínios

Parceiros

Instituições Oficiais