Pedro Araújo despediu-se da CT Porto Cup nos oitavos de final deste ATP Challenger 75 promovido pela Federação Portuguesa de Ténis na cidade Invicta. No mesmo central em que brilhara na passada segunda-feira, o lisboeta 489.º mundial apresentou-se sem recursos para contrariar o ténis do belga de 19 anos, Gilles Arnaud Bailly, ex-número um nacional júnior (2022) e atual 341.º da ATP, que já conta com cinco finais na terra batida em M25, esta temporada, três delas ganhas.



O português, de 23 anos, cedeu 0-6 no primeiro parcial, e quando o prodigioso adversário se preparava para fechar a partida no próprio serviço, Araújo quebrou o serviço, aproveitando um dos cinco pontos de break de que dispôs, quando concedeu sete a Bailly. Assim, o marcador ficou afixado nos 0-6 e 1-6 ao fim de 68 minutos.
A baixa eficácia no serviço do português, em busca dos inéditos quartos de final da carreira a este nível, facilitou a tarefa ao belga a viver a primeira época completa como profissional. No CT Porto, a representação nacional continua nas cordas das raquetas de Frederico Ferreira Silva e Tiago Torres, num frente a frente de esquerdinos que assegura, pelo menos, um português nos quartos de final e em Francisco Rocha. Um trio que só regressa à ação esta quinta-feira.
“Não me senti bem em campo, ele teve muito mérito, tive as minhas oportunidades em alguns jogos, nomeadamente no início do encontro em que alguns jogos mais duros caíram para o lado dele e acho que, a partir daí, ele ficou mais confortável e eu fui perdendo confiança ao longo do encontro. Honestamente, ficou cada vez mais difícil jogar e manter-me lúcido dentro de campo. Não foi um bom dia, foi uma derrota pesada e que custa”, analisou Pedro Araújo, ainda cabisbaixo, admitindo ter estado longo do jogador que, na segunda-feira, saiu vitorioso do mesmo central.
“É muito difícil estar com boa atitude e puxar-me para acima quando estou a perder 6-0, 2-0, 4-0… À minha maneira ainda tentei lutar, conseguir fazer um, dois ou três jogos, o que fosse possível, acabei por fazer um e por mérito dele. Tenho de melhorar bastante e acabei por ficar longe do melhor que apresentei na segunda-feira”, referiu, ainda “de cabeça quente” para fazer balanço desta participação na CT Porto Cup, mas certo de que terá pela frente duas semanas de treino em Lisboa e regresso firmado em Setúbal, na segunda quinzena de setembro.