Tiago Torres (873.º do ranking mundial) juntou-se ao sexteto português no quadro principal do Braga Open, ATP Challenger 75 promovido pela Federação Portuguesa de Ténis no Clube de Ténis de Braga. A evidenciar o bom momento de forma que já tinha mostrado na CT Porto Cup, o lisboeta passou à prova maior depois de uma das maiores vitórias da carreira, pois o suíço Alexander Ritschard, apesar de agora figurar em 332.º, já integrou o top-100 da ATP e foi campeão do Lisboa Belém Open em 2024.
Foram precisas 2.24 horas de intensa batalha na terra batida da Cidade dos Arcebispos e os parciais de 6-4, 3-7 e 7-5 para esquerdino português, de 23 anos, celebrar depois de obter mais pontos ao nível do serviço (61% vs. 57%) e converter cinco das 11 oportunidades de break, salvando três das sete enfrentadas.
A viver o melhor ranking da carreira, Tiago Torres passou o qualifying dos últimos três ATP Challenger disputados, tendo chegado à segunda ronda na CT Porto Cup, perdendo num duelo de canhotos com o compatriota Frederico Ferreira Silva. Por coincidência um dos portugueses que aguarda por um jogador oriundo da qualificação em Braga, tal como Pedro Araújo. Jaime Faria (quinto cabeça de série), Henrique Rocha, Tiago Pereira e Francisco Rocha completam o elenco de jogadores nacionais no quadro principal.
“Se formos ver bem, é a melhor vitória da carreira. Claramente. Não o melhor encontro, mas a melhor vitória em termos de nome, relativamente ao que já foi. Claro que se agora apanhar um [Roger] Federer, agora com quase 50, também ganho, mas ele tem 31 anos e vem de quartos de final no Lisboa Belém Open, esteve lesionado no início do ano, mas sabe jogar e, nesses termos, é a melhor vitória da minha carreira. Por agora, espero conseguir mais”, salvaguardou o tenista de 23 anos, acompanhado pelo pai no papel de técnico, na impossibilidade do treinador Vasco Martins esta ausente.
“Não me vai dizer tanta coisa tática, mas sabe, porque até tirou o curso de treinador, quando eu era miúdo, para saber mais de ténis. Leu muitos livros, percebe muito, mas não gosta de dar dicas técnicas, diz que não é com ele. Mas dá-me confiança quando está no banco, sou mais calmo dentro do campo”, resumiu.
