Um dia após a histórica vitória sobre Casper Ruud na segunda ronda, para se tornar no primeiro português a ganhar a um top-10 num Grand Slam, Nuno Borges continua a colocar vistos no currículo e, esta quinta-feira, estreou-se a ganhar na variante de pares em Roland Garros.
Ao lado do francês Arthur Rinderknech, mais experiente nas duplas da catedral da terra batida nas quais leva sete edições jogadas, o maiato superou o duo formado pelo belga Zizou Bergs e o neerlandês Jesper de Jong, debutantes como dupla em Paris. Os parciais de 3-6, 2-6 e 3-6 acalentaram o mote da festa portuguesa, encetada com a histórica vitória de Henrique Rocha na segunda ronda de singulares.


Borges e Rinderknech ganharam 78% dos pontos possíveis com o primeiro serviço. Na resposta, souberam capitalizar três dos seis pontos de break que tiveram à disposição, face ao único assinado pela dupla adversária. Embora com menos um winner (30) do que Bergs e De Jong, o par luso-gaulês esteve menos errático nos erros indiretos (14 vs. 18).
O melhor resultado de pares em torneios major de Borges – tenista que integra a equipa do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis – aconteceu, em janeiro último, no Open da Austrália, ao lado do amigo de infância, Francisco Cabral, com quem chegou aos quartos de final.


Na Cidade Luz, na qual tenta, esta sexta-feira, chegar aos oitavos em singulares quando jogar com o australiano Alexei Popyrin (25.º mundial), Nuno Borges e Rinderknech agendaram duelo nas duplas com o duo 12.º favorito, constituído pelo sueco Andre Goransson e o neerlandês Sem Verbeek.
Fotos: FPT/Anastasia Barbosa