O sorteio dos quadros principais de Roland Garros colocou Nuno Borges e Jaime Faria, os dois portugueses com entrada direta, na metade inferior do quadro de singulares do Grand Slam da terra batida, no qual Henrique Rocha mantém vivas as esperanças de entrar, passando o qualifying.
Ao número um nacional, 41.º do ranking, calhou precisamente um jogador vindo da fase de qualificação, quiçá o compatriota da equipa de treinos do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis?! Borges tem a segunda ronda de 2023 como o melhor resultado na quinzena parisiense, mas em caso de entrar com o pé direito, na edição deste ano, está em rota de colisão com o norueguês Casper Ruud, sétimo classificado do ranking mundial que aguarda por um jogador também oriundo do qualifying. Recorde-se que Ruud foi finalista em 2022 e 2023 no pó de tijolo francês e, este ano, sagrou-se campeão no Masters 1000 de Madrid.
Jaime Faria, 155.º mundial, entrou, pela primeira vez, diretamente no quadro principal de um Grand Slam. O lisboeta, de 21 anos, que este ano se estreou no top-100 mundial vai encontrar do outro lado da rede Jenson Brooksby, norte-americano que atualmente é 165.º classificado da tabela ATP, na qual foi 33.º em junho de 2022. A renascer das cinzas após lesões, o jogador de 24 anos sagrou-se campeão no ATP 250 de Houston, este ano.
Em 2024, Faria foi travado na última ronda da qualificação em Roland Garros, mas neste percurso ascendente que tem vindo a desbravar, o número dois português provou ter verve para os grandes palcos no Open da Austrália, passando o qualifying e ganhando o primeiro encontro no quadro principal de um Slam, no qual apenas foi travado depois por Novak Djokovic, campeão em título.
Francisco Cabral é o quarto português a jogar em Roland Garros. Mas vai jogar o quadro principal na Porte d’Auteuil na variante de pares, tal como Nuno Borges, e o sorteio da variante ainda não foi divulgado.