Com um erro direto de esquerda, Jaime Faria sucumbiu ao quarto match point de Jaume Munar e disse adeus ao US Open, o último Grand Slam cujo quadro principal faltava jogar ao número dois nacional. Vindo do qualifying, como lucky loser, o lisboeta 117.º mundial resistiu ao espanhol 44.º do ranking e só ao fim de 2.43 horas e quatro sets (0-6, 3-6, 7-5 e 2-6) deu por concluída a quinzena nova-iorquina, deixando Nuno Borges e Francisco Cabral (pares) na Cidade que Nunca Dorme.
No duelo ibérico, foi o jogador de Maiorca, de 28 anos, quem entrou de forma demolidora, bem-sucedido em 70% dos primeiros serviços, ao contrário do lisboeta, de 22, que cometeu cinco duplas-faltas e não foi além dos 49% de sucesso no saque de arranque.

Faria teve nove oportunidades de quebrar o serviço, converteu quatro delas, enquanto Munar ganhou vantagem em nove jogos de serviço do português.Com 44 winners e 57 erros não forçados, o tenista que integra o Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis ainda chamou o fisioterapeuta ao court, mas já era tarde.
Apesar do desfecho, Jaime Faria foi o décimo jogador nacional a disputar os quatro quadros principais dos Grand Slam, mas no primeiro a fazê-lo no ano de estreia a este nível. Recorde-se que o lisboeta passou o qualifying no Open da Austrália e em Roland Garros, entrou diretamente em Wimbledon e, mesmo perdendo na ronda decisiva do qualifying nova-iorquino, acabou por beneficiar de desistência alheia para ser lucky loser. A sorte terminou, todavia, tarde na noite desta segunda-feira.