Nuno Borges saboreou a primeira vitória no quadro principal de Wimbledon. Um feito que deixou o número um português de joelhos na relva do court 17 do All England Club, depois de selar o match point com um erro de esquerda não forçado de Francisco Cerundolo, 16.º cabeça de série do Grand Slam da relva.
O maiato, que perdera em 2023 com o argentino na ronda inaugural, precisou de laboriosos quatro parciais até celebrar o sucesso, com 4-6, 6-3, 7-6 (7/5) e 6-0, na quarta participação em Wimbledon, 14.ª presença em Grand Slams. Com nove ases, 58 pontos ganhos com o primeiro serviço, em 77 possíveis e 23 em 36 no segundo, o 37.º do ranking mundial assinou menos winners (24 vs. 30), mas também esteve muito menos errático do que o jogador das Pampas nos erros não forçados (27 vs. 56) que, assim, somou a sexta derrota consecutiva na relva, quando Borges chegou à quinzena londrina depois de ter chegado aos quartos de final do ATP de ‘s-Hertogenbosch.
O jogador que integra o Centro de Alto Redimento da Federação Portuguesa de Ténis tornou-se assim no quarto tenista nacional – homem ou mulher – na história do nosso ténis a chegar à segunda ronda de Wimbledon: João Cunha e Silva (1993), Michelle Larcher de Brito (2009, 2013 e 2014) e João Sousa (2016 e 2019) foram os antecessores.
Borges aguarda pelo vencedor do embate entre o britânico Billy Harris e o sérvio Dusan Lajovic para conhecer o adversário da segunda ronda, na qual Jaime Faria, vindo do qualifying, vai tentar entrar, ganhando na estreia no quadro principal diante Lorenzo Sonego.
Foto: FPT