Foram precisas 2.03 horas de batalha e um final antecipado pela desistência da suíça Celine Naef, 169.ª mundial e principal favorita, para resumir a jornada inaugural de Francisca Jorge (239.ª) na Figueira Ladies Open, ITF W100 promovido pela Federação Portuguesa de Ténis (FPT), no qual a número um portuguesa nunca deixou de acreditar até que a adversária atirou a toalha ao chão, quando Kika já comandava o marcador com 7-6 (7/3), 2-6 e 4-1.
“Foi um encontro difícil desde o início, as condições estavam agrestes, com muito vento, e estávamos as duas a tentar perceber o que dava para fazer no primeiro set. Não entrei bem, mas fui tentando entrar no jogo e sentia que podia ganhar. Estive bem e, no final, não acabou da melhor forma, ela estava tocada nas costas. Mas a vantagem que ganhei no terceiro set, fê-la tomar a decisão. Nunca é acabar uma partida em desistência, mas mereci ganhar hoje”, declarou a tenista que integra a equipa de treino do Centro de Alto Rendimento da FPT.




Em busca de pontos preciosos que lhe abram as portas do US Open, o Grand Slam final da temporada, a vimaranense precisa de chegar aos quartos de final para assegurar essa viagem transatlântica. A portuguesa, de 25 anos, converteu seis pontos de break e suíça, campeã indoor no Monte Aventino em 2023 que já pedira assistência médica, sete.
Semifinalista no torneio figueirense em 2023, Francisca vai medir forças com a vencedora do embate entre En Shuo Lian, de Taiwan, e a brasileira Laura Pigossi, que já figurou no top-100.
A competir com o joelho enfaixado, Jorge garante estar bem e animada. “Gosto de desafios”, vincou a número um portuguesa que, esta terça-feira, ainda volta ao court para jogar ao lado da irmã Matilde Jorge no quadro de pares, no qual são principais favoritas ao título.