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Abril 15, 2025

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Rápidas

“Queríamos muito, entregámo-nos e as coisas aconteceram e isso é o mais bonito”

A imagem de Francisca Jorge de braços abertos em V e corpo envolto num abraço feliz da irmã Matilde, depois de selado o match point frente à eslovena Pia Lovric (2-6, 6-3 e 6-3) continua presente na memória de quem viu e o viveu. Simbolizou o regresso da Seleção Nacional ao play-off para os Qualifiers da Billie Jean King Cup, ao fim de 34 anos. “Sentada no banco, a Matilde perguntou ao Miguel [Sousa, treinador] se podia entrar em campo se eu ganhasse. E assim foi dar-me um abraço. Depois lá me disse para ir cumprimentar a rapariga. A Matilde é muito carinhosa, apesar de dizer que não gosta de abraços e de eu ser mais de mostrar afeto. Eu estava tão emocionada, só pensava ‘consegui, conseguimos e vamos jogar o Play-off!’ Mas não caiu uma lágrima. Até estranharam”, recordou Francisca.

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Passados três dias, essas experiências trazem luz ao rosto da número um portuguesa que, esta terça-feira, volta a um lugar onde foi feliz há um ano: Jamor. A vimaranense (253.ª) tem encontro marcado com a húngara Anna Bondar, 98.ª mundial e quarta favorita no Oeiras Ladies Open, o WTA 125 combinado com o ATP Challenger 125, onde chegou aos quartos de final de singulares e ao troféu de campeã nos pares, em 2024.

“Este é um sítio de boas memórias. Estou motivada e vou fazer tudo para dar o melhor e enfrentar jogo a jogo, ponto a ponto e ver no que dá”, declarou Francisca, sem jogar em terra batida desde o final do ano passado e com discurso cauteloso. “Muda o piso e as condições, mas estamos mais do que habituados a fazer estas transições. Espero que a perna se porte bem, estou mais ou menos tranquila para fazer o meu jogo, desinibida como estive esta semana que passou”, prometeu a número um nacional.

Apesar do foco no mais importante torneio feminino realizado em Portugal, Francisca Jorge relembrou de boa vontade a semana épica em Vilnius, capital lituana onde Portugal ganhou, na fase de grupos, à Letónia, perdeu com a Croácia, ganhou à Áustria e depois, no encontro de acesso aos play-off de novembro, superou a Eslovénia. “A equipa está forte e completa, dentro e fora do campo. A Angelina, que era mais calminha, agora já interage mais com o grupo. Fizemos por isso, estamos a jogar bem e fomos felizes. Os astros alinharam-se para nós. Queríamos muito e entregámo-nos e as coisas aconteceram e isso é o mais bonito”, enalteceu.

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Orgulhosa pelo grupo, mas também aliviada depois de a lesão na coxa, contraída durante o encontro com a croata Antonia Ruzic, não ter a gravidade que a própria chegou a temer, Francisca tinha ainda outra preocupação em mente. “Senti logo que algo não estava bem. Pedi à Neuza [Silva, selecionadora nacional] para chamar o fisioterapeuta na mudança seguinte. Pensei que tinha rompido algo. Estava com medo, enfaixaram a perna e percebi que, apesar da dor, se tivesse rasgado, não conseguiria continuar. Disse à Neuza que não ia desistir, porque podia depois decidir-se no par. Todos os pontos contam e não queria prejudicar a Seleção”, recordou.

Por isso, mesmo quando, por precaução ficou no banco no embate com a Áustria, deu o que tinha sem raqueta, mas com a voz. “Puxei muito pela Matilde, ela está a jogar super bem. Estava cansadíssima. Jogámos com o coração e ganhámos com o coração. Ela, de certa forma, carregou a equipa. Como equipa, demos todo o apoio umas às outras e isso passa para quem está dentro de campo. Por isso, como na Billie Jean podemos exteriorizar, estive sentada a apoiar imenso, porque precisávamos daquela vitória”, rematou.

(Fotos: Billie Jean King Cup)

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