Os três courts cobertos do Complexo de Ténis da Maia, nos quais decorre a ação do Maia Open, vão ficar para a história por serem os primeiros em terra batida a usarem o sistema de chamada eletrónica ao vivo. Ou seja, em vez dos juízes de linha afilados com as linhas, as câmaras são os olhos que dão indicação ao árbitro da cadeira se a bola foi fora da linha, através de um dispositivo que, com luz verde ou vermelha, valida a chamada.
“Neste momento, temos 14 câmaras em cada campo a funcionar para o Eletronic Line Calling (ELC) e temos seis engenheiros no local supervisionar todo o sistema”, começou por explicar Kristina Sokic, uma das técnicas da Bolt6, empresa criada em 2022 especializada em estatísticas desportivas e grafismos em direto aplicados na Liga das Nações de voleibol, no PGA Tour de golfe, Taça América em vela ou nas corridas automobilísticas de NASCAR.
A laborar numa sala repleta de monitores que atestam o funcionamento das câmaras, a equipa da Bolt6 tem feito do Portugal o seu laboratório. “Estamos num processo de tentar reduzir o número de câmaras necessárias para os courts de terra batida, um projeto que no qual trabalhámos recentemente no Jamor”, acrescentou Sokic. “Aliás, a nossa jornada nos courts de terra batida no Jamor começou em janeiro de 2024. Em abril, passámos o teste de precisão com 14 câmaras logo na primeira tentativa, o que nos tornou a primeira empresa a chegar a tal marco.”
“O Maia Open é o primeiro torneio no qual operamos o ELC em terra batida, é um momento especial para nós. Não o teríamos conseguido sem o incrível apoio da Federação Portuguesa de Ténis. A equipa sente-se muito grata por esta jornada conjunta”, exultou Kristina Sokic.
