Deitado no chão, uma vez assinado o match point, e antes de ser abalroado pelos companheiros de equipa que abraçados festejaram em roda, enquanto bandeiras do país esvoaçavam nas bancadas, Ignacio Buse, 112.º mundial e número um do Peru, celebrou a vitória sobre Nuno Borges (52.º), com os parciais de 3-6, 6-3 e 6-2, e o ponto decisivo do sucesso sobre Portugal (3-1) na eliminatória do Grupo Mundial I que preenchia uma das vagas dos Qualifiers da Taça Davis. A festa em Lima foi peruana e, uma vez que o resultado estava definido, o quinto embate entre Jaime Faria e Gonzalo Bueno não se realizou.
Apesar do desfecho amargo para a Seleção Nacional, foi um Nuno Borges revigorado pelo triunfo no par que entrou em campo. Apesar ter enfrentado um breakpoint logo no serviço de abertura do embate com Ignacio Buse, o maiato agarrou-se ao seu jogo e, ao quarto, fez o break ao homólogo peruano (3-1). A mostrar a diferença de ranking – Borges é 52.º e Buse 112.º -, não obstante a momento de forma do número um dos sul-americanos, que chegou a Lima como campeão do ATP Challenger de Sevilha. Assim, fechou o primeiro set (6-3).
No seguinte, o jogador peruano, de 21 anos, juntou outra arma às que tem para usar com a raqueta. A cada ponto, erguia os braços a pedir o apoio do público, tão valioso em eliminatórias da Taça Davis, e ao quarto jogo, que correspondeu nas bancadas do central do Club Lawn Tennis de La Exposicion, Borges viu o serviço quebrado (1-3) e Buse a confirmar a seguir (1-4). Sem retorquir, Borges viu o adversário equilibrar o encontro com o mesmo parcial, dando mote para a euforia do público caseiro, decorridos 69 minutos de embate.
No terceiro parcial, o primeiro break chegou ao terceiro jogo e não foi favorável às cores nacionais (2-1) e, ao jogo sete, repetiu-se (2-5), deixando Buse a servir para fechar a partida e colocar um ponto final nas aspirações nacionais. E foi o que aconteceu.
Portugal tinha por ambição chegar à ronda de acesso à fase final, ou seja aos Qualifiers que, em 2026, vão discutir vaga nas Finals da mais importante competição por equipas. Nas cinco vezes anteriores, a Seleção Nacional não foi bem-sucedida e agora vai permanecer no Grupo Mundial I.
Foto: ITFtennis