Campeãs em título nos pares do Oeiras Ladies Open, Francisca Jorge e Matilde Jorge viveram “sexta-feira santa em grande” no único WTA 125 realizado em Portugal e que acontece, esta semana, combinado com o ATP Challenger 125. Afinal, as irmãs vimaranenses iniciaram a defesa do troféu a ter de salvar match points para rumar aos quartos de final.
Frente à dupla formada pela croata Lucija Ciric Bagaric e a sérvia Lola Radivojevic, as irmãs vimaranenses, segundas cabeças de série, entraram a perder no set inaugural e no 2-5 do segundo parcial viram o desaire na frente do olhos, num dos courts secundários do Complexo de Ténis do Jamor que, ao final da tarde, se tornou no centro das atenções. Ao fim dos parciais de 5-7, 7-6 (7/5) e 10-7, o abraço da praxe entre Matilde e Francisca selava o primeiro passo para aquele que poderá vir a ser o 21.º troféu conjunto.
“Foi uma ronda super dura, com um início um bocadinho tremido. Não estávamos com a energia certa, mas encontrámo-nos, fomos à procura, sabemos que temos nível para ganhar e temos de acreditar. Elas estavam bastante sólidas e soltas. Despetámos tarde, mas conseguimos agarrar o encontro, mas também contámos com o fator sorte”, admitiu Francisca, de 24 anos, com o sorriso rasgado que é sua imagem de marca.
A evidenciar o desgaste de uma jornada tensa, embora cancelada sem que tivessem de voltar ao court para discutir os quartos de final, Matilde, de 21 anos, atribuiu créditos à irmã pelo sucesso. “Não acho que o fator casa tenha pesado. Nem pensei nisso, só quando comecei a ver mais gente a chegar e a puxar por nós, quando estávamos a perder. Sinto-me triste por não corresponder às expectativas. No entanto, não foi o que desestabilizou. Na verdade, fui eu que estive em baixo e a Kika carregou o par”, sublinhou a jogadora que, tal como a irmã, treina no Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis.
Rapidamente, Francisca desdramatizou. “Faz parte, as vezes uma está menos bem e a outra puxa. Depois, a Matilde esteve bastante bem, queria ganhar e despertou. Também mereceu porque foi à procura. Amanhã [sábado], espero que seja uma jornada dupla, vamos à procura disso”, garantiu a octocampeã nacional absoluta que, nunca antes das 12.30 horas tem quartos de final agendados, no court 15, com a brasileira Ingrid Martins e a eslovena Tamara Zidansek. Em caso de vitória, voltam ao court para discutir o lugar na final da variante.
(Fotos: Beatriz Ruivo/FPT)
