A nova armada portuguesa

A quarta edição do Millennium Estoril Open enquadra-se num período de profundo rejuvenescimento do ténis português, que apresenta uma situação inédita com 7 jogadores no top 300 nacional com João Sousa a ser a figura principal de um cartaz recheado de nomes consagrados como Kevin Anderson (8º), Pablo Carreño Busta (19º), Albert Ramos-Vinolas (24º), Kyle Edmund (26º), Gilles Muller (28º) ou David Ferrer (35º).

O Millennium Estoril Open nasceu em 2015 e se compararmos os rankings do mês de abril em todas as edições é fácil concluir que, em 2018, esta é a melhor fase de sempre em termos de profundidade.

Estes progressos vão de encontro à renovação que tem sido feita, mas ao mesmo tempo pelo enquadramento técnico que os nossos jogadores passaram a dispor através da capacidade de resposta dada pelo Centro de Alto Rendimento Jogos Santa Casa, no Complexo do Jamor, e pelo conjunto de torneios da categoria Future, que passaram a ser apoiados pela Federação Portuguesa de Ténis.

O aumento do quadro competitivo beneficiou imenso a luta pelos lugares de acesso à fase de qualificação do único torneio inscrito no ATP World Tour e isso arrastou uma natural onda de entusiasmo.

Frederico Silva conquistou três torneios (Vale de Lobo, Loulé e Carcavelos), mas Tiago Cação, de 20 anos, deu boas indicações ao ser finalista em duas provas: Vale de Lobo e Carcavelos. Este jogador, que integra o CAR Jamor Jogos Santa Casa, era o nº 1.431 no ranking ATP em janeiro deste ano e agora ascendeu à 844ª posição. Mas é ‘apenas’ o 12º jogador nacional…

Para se ter uma ideia mais precisa de como tem sido a evolução do ténis nacional nestes últimos 4 anos, publicamos a lista de jogadores portugueses que em abril de cada ano faziam parte do top 300 mundial:

 

23 abril 2018:

67º João Sousa

111º Gastão Elias

118º Pedro Sousa

190º João Domingues

212º Gonçalo Oliveira

263º João Monteiro

289º Frederico Silva

 

24 abril 2017:

36º João Sousa

88º Gastão Elias

214º Pedro Sousa

271º João Domingues

 

25 abril 2016:

34º João Sousa

94º Gastão Elias

249º Frederico Silva

 

20 abril 2015:

56º João Sousa

134º Gastão Elias

232º Rui Machado

274º Frederico Silva

 

Norberto Santos, jornalista

 

Contra as lesões marchar, marchar

Cumprido o objetivo inicial no primeiro trimestre de 2018 com o regresso ao top 300 mundial (297º ATP esta semana), Frederico Silva sente-se capaz de abraçar novos desafios numa espécie de segunda carreira, depois de duas paragens forçadas por lesão e cuja recuperação foi difícil.

Superadas essas barreiras, o pupilo de Pedro Felner considera que, aos 23 anos, é um jogador mais maduro e experiente e que as duas paragens serviram para refletir.

O regresso foi bastante auspicioso numa série de Futures que contaram com o apoio da Federação Portuguesa de Ténis. Às duas vitórias em Vale do Lobo e Loulé, seguiu-se a final em Lisboa e uma meia-final no Porto. Um percurso notável para o jovem das Caldas da Rainha a poucos dias de reviver as emoções do ano passado no Millennium Estoril Open, onde afastou na 1ª ronda o então nº 88 do Mundo, Denis Istomin, do Ubesquistão.

Numa viagem ao passado, Frederico Silva fala-nos de como superou os momentos difíceis e encara o futuro:

Primeira lesão, em agosto de 2016. “Comecei a sentir dores no pulso esquerdo e alguma instabilidade. Foi uma lesão no ligamento triangular. Cheguei a levar uma infiltração, melhorei, mas depois vieram os mesmos problemas”

Segunda lesão. Volvido um ano nova paragem. Em julho de 2017, após defrontar o australiano Alex de Minaur na final no ITF na Póvoa de Varzim, Frederico Silva é obrigado a parar. Problemas no pulso direito no tendão flexor cubital. Paragem mais dolorosa em termos psicológicos.

Tratamentos. “Em todas estas situações fiz tratamentos de mesoterapia, magnototerapia e electroestimulação em Lisboa. É preciso alguma dose de paciência e ter muita confiança”.

Prevenção: “Baixei e tensão das cordas de 24 para 21 quilos na minha raqueta (Head Radical), que pesa 350 gramas. Passei a utilizar um grip mais grosso e jogo sempre de pulso ligado”

Exercícios. “Para reforçar os músculos no antebraço e a zona do pulso fiz muitos exercícios com elásticos. Quando estava na fase de recuperação fazia 4 vezes ao dia cerca de 20 minutos, incluindo muitos alongamentos. Hoje reduzi para cerca de 10 minutos por dia esse trabalho. Além disso, recorro a outros aparelhos (rolos) para massagens no braço e nas pernas”.

Confiança. “O meu treinador Pedro Felner sempre me disse para ter paciência. Houve alturas em que não podia bater direitas e servir. Treinávamos a esquerda e o slice. Há sempre alternativas…”

Taça Davis. “Portugal tem uma equipa muito forte, mas é preciso ter sorte no sorteio. Acredito que um dia poderemos chegar ao Grupo Mundial”

Objetivos. “A primeira fase está cumprida com o regresso ao top 300. Se tudo correr bem, espero aproximar-me do top 200 e quem sabe melhorar o meu melhor ranking (231º). Não é fácil, mas sinto-me mais maduro e até acho que agora estou a jogar melhor ténis”.

 

Norberto Santos, jornalista

 

A fase adulta de João Sousa

João Sousa despediu-se dos seus 28 anos, cumprindo hoje o 29º aniversário, com uma presença histórica no Masters 1.000 de Miami (EUA), onde mostrou ter capacidade para sonhar com altos voos, voltando a fazer parte do top 70 mundial Ao ter conseguido a quarta vitória frente a jogadores do top 10 mundial, afastando o belga David Goffin, o vimaranense desfrutou das boas sensações, dando sentido às mudanças técnicas que paulatinamente tem vindo a operar no seu modelo de jogo, juntamente com o seu treinador Frederico Marques.

Ao cumprir 29 anos, João Sousa está naquela fase adulta em que a experiência e maturidade o podem ajudar a manter níveis elevados até ao fim da carreira, depois de ter sido o 28º mundial em 2016.

Longe vão os tempos em que o melhor tenista português de sempre entrou, pela primeira vez, no top 100 mundial. Isso aconteceu a 15 de outubro de 2012, ao ocupar o 99º lugar na lista ATP, subindo três posições em relação à última classificação.

Ao fazer parte do clube centenário, Sousa passou a fazer parte da elite, consolidando uma posição muito respeitável, conquistando o respeito e admiração dos seus adversários.

 

Marcos na carreira

1 – Vitória em Kuala Lumpur

Não tardou muito a surpreender e em menos de um ano, depois do ingresso no top 100, Sousa tinha arrecadado o primeiro troféu da carreira em Kuala Lumpur, na Malásia. Era o nº 77 do mundo e na semana seguinte subiu ao 51º lugar, tendo no seu percurso derrotado 3 jogadores do top 35. O triunfo frente ao espanhol David Ferrer, então nº 4 mundial, é, ainda hoje, a sua melhor vitória da carreira. Bateu na final o francês Julien Benneteau (nº 36).

 

2 – Triunfo em Valência

Volvidos dois anos, João Sousa voltou às vitórias, encerrando a temporada com chave de ouro em Valência, Espanha. Foi a primeira vez que o vimaranense superou sucessivamente cinco adversários com melhor ranking, afastando nomes credenciados como Gilles Muller, Benoit Paire e Pablo Cuevas. Era o nº 46 mundial e o excelente momento de confiança que atravessava permitiu-lhe derrotar na final o espanhol Roberto Bautista Agut (24º). Sousa terminaria a época em 33º lugar, a melhor posição com que encerrou uma temporada.

 

3 – Maturidade

Num circuito em plena mutação, João Sousa também passou por alguns problemas de adaptação e teve de saber adaptar-se à recuperação de lesões, algumas delas demoradas, e a derrotas que lhe afetaram a confiança. Tudo isso faz parte da carreira de um jogador e exemplos não faltam ao mais alto nível. As derrotas abalam – e de que maneira – os padrões de jogo.

Mas João Sousa nunca perdeu as suas qualidades de eleição. A energia e combatividade tornaram-no num autêntico ‘guerreiro’ e numa ameaça para os adversários. Ao mínimo descuido, aí está João Sousa a dar-nos grandes alegrias como sucedeu nos últimos dias em Indian Wells e Miami.

E esta série de triunfos surge numa boa altura quando estamos a poucos dias da eliminatória com a Suécia para a Taça Davis, Portugal promete fazer história.

 

Muitos parabéns João Sousa

 

Norberto Santos, jornalista

 

Ganhar pontos cá dentro

Calendário com 42 semanas de competição

O ténis português vai ter ao longo de 2018 o maior número de semanas de competição internacional no escalão sénior de que há memória. Ao todo, serão 42 semanas, faltando apenas 10 para se poder dizer que o ano civil estaria completo.

Trata-se do projeto mais arrojado de sempre e que está devidamente sustentado pela política encetada pela Federação Portuguesa de Ténis em apoiar as entidades promotores de eventos.

Este enquadramento permite criar outras plataformas de apoio a nível local, nomeadamente autárquico, com um feliz retorno em termos de turismo e economia local, garantindo a possibilidade de os jogadores portugueses ganharem pontos ATP sem terem necessidade de se deslocarem para o estrangeiro com tanta frequência.

João Monteiro, campeão nacional em 2016 e atleta do CAR Jamor, é um exemplo: “O ano passado conquistei 80 por cento dos meus pontos em Portugal. É muito mais vantajoso para nós porque conhecemos bem as condições de jogo, as características da bola e escolhemos a nossa alimentação preferida. Tudo isto junto representa muita coisa ao fim de muitas semanas de competição”, disse-nos João Monteiro, de 24 anos, que em 2017 ascendeu 339 lugares na lista ATP. Iniciou o ano na 590.ª posição e terminou no 251.º posto.

Os seis títulos conquistados em 2017, quatro dos quais em Portugal (os outros foram em Espanha e Tunísia) permitiram a João Monteiro subir um patamar e agora vai fazer a sua estreia em 2018 em torneios Challenger, iniciando a temporada dentro de duas semanas em Punta del Este, Uruguai, juntamente com Pedro Sousa, outro atleta do CAR Jamor.

Novidade: dois challengers seguidos

O quadro competitivo estende-se de Norte a Sul de Portugal, como tem sido hábito, mas esta temporada existe uma agradável novidade: a realização de dois torneios da categoria Challenger, em Braga (CT Braga), e em Lisboa (CIF, este na segunda edição), logo a seguir ao Millennium Estoril Open (28 de abril a 6 de maio), no Clube de Ténis do Estoril.

São três semanas consecutivas de ténis de elite, onde o público tem ocasião de observar os nossos melhores jogadores e vislumbrar quem no futuro possa fazer parte deste grupo de eleição.

O calendário internacional tem início na próxima semana com o habitual circuito de torneios da categoria ITF no Algarve, este ano com a novidade da estreia de uma prova na Quinta do Lago.

Calendário das 5 primeiras semanas de torneios ITF em 2018:

19 a 25 de fevereiro: Vale do Lobo

26 fevereiro a 4 de março: Faro

5 a 11 de março: Loulé

12 a 18 de março: Quinta do Lago

19 a 25 de março: Vilamoura

 

No total (provas inscritas):

Torneios ITF masculinos: 19

Torneios ITF femininos: 20

Challengers: 2 (Braga e Lisboa)

ATP Tour: 1 (Millennium Estoril Open)

 

Norberto Santos, jornalista

 

Nota 20 para Roger Federer

A vitória de Roger Federer no Open da Austrália abriu um novo capítulo na história do ténis e leva-nos a outros desafios, porventura os mais ousados na chamada Era Open (início em 1968). Quais são os limites para quem tem 36 anos?

O suíço conquistou, em Melbourne, o 20.º título em torneios do "Grand Slam", reforçando um estatuto verdadeiramente ímpar, não encontrando um opositor que o impedisse de ganhar as três últimas finais em "majors".

Não há margem para discussão: Federer é a imagem que o ténis precisava para ter como líder e há década e meia que vem dando mostras das suas capacidades. Por tudo aquilo que ele é como pessoa, jogador e campeão. Juntando estes predicados resulta naquilo que é a fórmula mágica de 20 valores.

Por vezes queremos identificar um campeão com todas estas valências em qualquer outro desporto e não é fácil. Podemos falar, por exemplo, do basquetebolista Michael Jordan, do nadador Michael Phelps ou do velocista Usain Bolt. Por o ténis ser uma modalidade individual, Federer é diferente e acrescenta algo mais: uma elegância de jogo, onde tudo parece fácil.

Ainda não entrou para o lote daqueles que conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos em singulares (tem a medalha de prata em Londres’12, mas foi campeão olímpico em pares em Pequim’08), mas isso pouco importa a quem ainda tem muito para dar ao ténis. E como a última imagem é aquela que conta, então, Federer, aos 36 anos, pode ambicionar muito mais aos 37 e quem sabe aos 38 anos. Por baixo, nota 20 para ‘sir’ Roger Federer.

 

As 20 vitórias de Roger Federer

Wimbledon: 8

Open da Austrália: 6

US Open: 5

Roland Garros: 1

 

Jogadores com 10 ou mais títulos do Grand Slam

1º Roger Federer (SUI), 20

2º Rafael Nadal (ESP), 16

3º Pete Sampras (EUA), 14

4º Roy Emerson (AUS), 12

Novak Djokovic (SER), 12

6º Rod Laver (AUS),11

Bjorn Borg (SUE), 11

8º Bill Tilden (EUA), 10

 

Norberto Santos, jornalista do jornal Record

 

João Sousa: festejar 29 anos com 1.642 dias no «top» 70 ATP

A pouco mais de dois meses de completar 29 anos, no próximo dia 30 de março, João Sousa tem todas as condições para no dia de aniversário se sentir orgulhoso por nessa data cumprir 1.642 dias como membro do "top" 70 mundial.

Encerrada a campanha em singulares no Open da Austrália, onde perdeu com o n.º 6 mundial, o croata Marin Cilic, o vimaranense tem prevista a subida ao 66.º posto da hierarquia mundial e tudo aponta para que mantenha esse estatuto.

João Sousa ingressou pela primeira vez como membro do "top" 70 mundial a 30 de setembro de 2013, ao subir do 77.º lugar para a 51.ª posição, depois de ter ganho o torneio de Kuala Lumpur, na Malásia.

Foi a primeira vitória de um português em singulares em provas do circuito do ATP World Tour e na sequência dessa proeza inédita o vimaranense projetou o ténis nacional pelos quatro cantos do Mundo.

Hoje, João Sousa é um jogador bastante respeitado no circuito, mantendo um estatuto de referência.

A consolidação do seu lugar na elite mundial deve-se ao seu profissionalismo, ultrapassando sucessivas barreiras, algumas delas impensáveis há alguns anos.

Numa altura em que se fala com tanta ligeireza no sobe e desce de lugares no "ranking" mundial, por vezes é difícil discernir ou ter capacidade de visão para perceber as qualidades do melhor jogador português de sempre.

Não faltarão muito dias para ficar na história do ténis português a passagem dos 5 anos de João Sousa como membro do "top" 70 mundial.

 

Norberto Santos, jornalista do jornal Record

 

As 10 razões para o sucesso no Masters Peugeot

poster masters veteranos 2017Não têm a ambição de jogar o Open da Austrália, mas esmeram-se na preparação e na dedicação à prática do ténis pelas melhores razões. Estamos a falar do escalão de veteranos (a partir dos 35 anos), que a partir de sexta-feira e até domingo tem a primeira edição do Masters do Circuito Peugeot, nas instalações do CAR Jamor, campos cobertos, que está a sofrer obras de remodelação.

São 28 jogadores masculinos e 24 femininos que irão estar envolvidos nesta prova criada pela Federação Portuguesa de Ténis, com os concorrentes divididos em vários grupos, cada um com 4 participantes.

Trata-se de um modelo diferente e que vai criar uma forte expectativa para os próximos anos.

Numa altura em que as apostas estão mais direcionadas para as competições juvenis, não deixa de ser importante dar o devido enquadramento a quem assume um papel relevante na modalidade.

Vejamos então as 10 razões que dão o devido suporte a este projeto:

1 – Iniciativa pioneira que confere qualidade técnica ao espetáculo e um forte mediatismo ao patrocinador (Peugeot), através de várias ações de promoção e sensibilização;

2 – Independentemente do cariz competitivo, a componente social é um ‘must’ neste tipo de eventos. Não faltarão surpresas;

3 – Preocupação em conferir um estatuto especial a quem garantiu o apuramento, através de alojamento no Hotel Vila Galé em Paço de Arcos;

4 – Tal como acontece nos grandes torneios do circuito profissional, os concorrentes no Masters do Circuito Peugeot têm à sua disposição viaturas na ligação entre o hotel e o complexo de ténis;

5 – Quem quiser experimentar os novos modelos Peugeot, a marca proporciona um test-drive;

6 – Haverá prémios de presença para todos os concorrentes, desde guarda-chuvas, lanternas, toalhas, polos, produtos farmacêuticos e outros;

7 – A área da restauração oferece um naipe de escolhas muito diversificado e para todos os gostos;

8 – Espetáculo abrangente ao manter um equilíbrio muito interessante nos vários escalões e em ambos os sexos;

9 – Forte estímulo para garantir a consolidação deste projeto, reunindo a elite nacional;

10 – Quem não se qualificou terá ao longo de 2018 oportunidade de entrar novamente na corrida para o Masters do Circuito de Veteranos Peugeot;

Por fim, uma simples nota a não esquecer: o escalão de veteranos representa 24,7 por cento do total de federados em Portugal. Ou seja: há motivos de sobra para não desperdiçar estas oportunidades.

 

Norberto Santos, jornalista do jornal Record

 

Como visualizar a entrada no top 100 mundial

rui machadoA recente entrada do português Gonçalo Oliveira no top 200 mundial (196º) conduziu-nos a um dado que é tido como referencial para a Federação Internacional de Ténis (ITF): como visualizar a abordagem ao top 100 ATP. “Noventa e cinco por cento dos jogadores que entraram no top 100 chegaram ao top 200 até aos 22 anos”, diz um estudo da ITF apresentado num fórum internacional, onde esteve presente Rui Machado, coordenador técnico da Federação Portuguesa de Ténis.

No seminário, em Espanha, foi feita uma abordagem ao modelo que a ITF quer implementar para 2019 e que tem o nome de “Transition Tour”, um conceito que está a ser aperfeiçoado e que visa ter a melhor capacidade de resposta para agrupar os jovens jogadores que deixam o escalão junior e aqueles que querem singrar no circuito profissional. “Ainda estamos a analisar todas as variáveis do Transition Tour, mas a recolha de dados estatísticos é bastante interessante”, diz Machado, que em 2011 chegou a ser o nº 59 na lista ATP (terceiro português de sempre). A primeira ideia a reter é saber a capacidade que um jogador tem quando se avalia o seu potencial. O estudo da ITF, com dados recolhidos a partir de 2000, diz que 95 por cento dos jogadores que entraram no top 100 chegaram ao top 200 até aos 22 anos.

Mas os cinco por cento que sobram representam um número elevado de jogadores. O importante é continuar a garantir o apoio aos talentos que surgem mais tarde e levá-los a alcançar esses objetivos. Esse dado é uma referência, mas quem chega lá mais tarde tem o mesmo mérito”, referiu Machado.

Gonçalo Oliveira, de 22 anos (nascimento: Porto, 17 de fevereiro de 1995), enquadra-se nesse patamar, segundo o estudo da ITF.

Lista de portugueses que entraram no top 200 com menos de 23 anos:

Nuno Marques, 19 anos

João Cunha e Silva, 20 anos

Gastão Elias, 20 anos

Frederico Gil, 21 anos

João Sousa, 22 anos

Emanuel Couto, 22 anos

Gonçalo Oliveira, 22 anos

Digamos que a primeira de muitas etapas está cumprida com inteiro sucesso.

Bons resultados para o ténis português em 2018.

 

Norberto Santos, jornalista do jornal Record

Copyright © 2024 - Federação Portuguesa de Ténis

Todos os direitos de reprodução reservados. Nenhuma parte deste site pode ser vendida ou reproduzida por qualquer sistema ou meio (inclui fotografias ou vídeos) sem a autorização por escrito à Federação Portuguesa de Ténis.